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22 de dezembro de 2010 ás 01:55h

Perdido em palavras


Sonhando acordado
Os olhos fechados,
Sonhando na arte,
Antes, após, à parte.
Iluminado pelo sol,
Sou o som d'um tarol,
O sujeito das alegrias,
O caminho das maravilhas.
Ao universo me joguei,
Me perdi, me encontrei
Deitado sobre versos,
Laçado e lançado seria
N'um mar de poesia,
Afogado em sentimentos,
Enfim...

30 de novembro de 2010 ás 23:48h

No âmago de um sonho



Eu me importo sim, em vê-lo voar,
Sua magnitude prolífera aos prantos.
O contíguo vôo deste pássaro
Com suas asas longas e inértes,
Consigo a carregar os filhotes.
Não os pertence...

Alimenta-se, em morfismo demudado
Aos outros pássaros, nunca será.
Cruzando do horizonte, seu vertical,
Sobrevoando o verde da graça,
O profundo azul dos oceanos,
Mas não o pertence...

Amargo suspeito neste momento,
Em seu trajeto, ligando lugares,
Também seus filhotes, contente.
No mais intenso saber irracional,
Enquanto dormes, é esquecido.
Enquanto durmo, és lembrado,
Todo dia, n'um profundo sonho
De um pequeno aviador.

23 de novembro de 2010 ás 01:34h

Oh, Grande Mãe

Grande Mãe

Uma estrela que longe brilha,
Sua luz ainda forte então me guia
Ao venusto horizonte do luar,
Propício desejo para te amar.

Sentado na beira do mar,
Lenhas na fogueira à incendiar,
Sentindo sua extensa emoção
Me cobrindo de proteção.

A voz do vento à chamar,
Para um encontro me levar.
Ver o esplendor da noite cair,
A grande estrela de fogo surgir.

Me aqueces com seu sorrir,
O reflexo na água me pedir:
Paz, amor, admiração e respeito,
Te prometo com a mão no peito.

Por tudo que sutilmente já me fez,
Repetirei, não apenas uma vez:
Grande Mãe, dona de todos os fatos,
A ti sempre serei demasiadamente grato.

06 de novembro de 2010 ás 03:23h

Caminhei sozinho


Numa velha estrada ao oeste,
Um velho sábio me disse:
Apenas vá por este caminho,
O vento lhe dirá a direção.
Entretanto meu pensamento
Refletido em momentos passados,
Transformando lembranças em versos,
Tentando conter-se da energia
Absorvida sobre a mantra da saudade,
Que demasiadamente me atingia.
Não me encontres, amarga solidão,
Racionalismo perdido em mentiras.
Não me encontres, repetirei.
Quero que simplesmente me leve,
Longe daqui, de volta à vida
Que sem amigos nada mais é
Do que um livro de páginas brancas.

20 de outubro de 2010 ás 24:49h

Meu conforto, meu...


Olho para o horizonte,
Ouço o vento chamar,
Onde achas que estou?
Estarei no mesmo lugar,
Aguardando silenciosamente
A próxima estrela passar,
Enquanto a noite me guia
Pelo sorriso do luar,
Que me arrasta fora daqui
Sutilmente me deixa em paz.
Volta à mente a imagem
Perdida do que já se passou,
Um momento do rio à margem
De quando eramos crianças
Pulavamos, gritavamos,
Nos sujavamos, sem saber,
Sem se preocupar, vamos
Vivendo na melodia, arder
No fogo da energia, sonhar
Com o vento que tudo levou,
Em conforto se transformou.

27 de setembro de 2010 ás 19:22h

Por trás da verdade



Idéias, sem proveito,
Não conjugam verbos
Por inteiro. Perdidos.
Querer, Desejar:
Não desenvolve um caminho
Contido de curvas retas.
Pensar, Sonhar:
Não proporciona a verdade
Satisfeita em realidade.
Fazer, realizar:
Não se define contextualmente
Sem o paradoxismo focado,
Completado pela análise,
Um desejo submisso
Em pensamentos, sonhos.
O querer, que agora
Em atitude transformou-se
Um elixir vivêncial,
Provido de mémórias.
Talvez, apenas... baste!

30 de agosto de 2010 ás 15:14h

Sem ninguém perceber


Num vulto veloz,
Um véu de noiva.
Aquela mulher,
Mulher abstrata.

Consigo lhe trazia,
Sempre luz à clarear,
Sementes d'agulha,
Em vinho desenhei.

A forma que surgiu
Em meu peito respirar,
Criou-se.

No pensamento ecoava,
Alucinante momento,
Um sofá me amava.

29 de agosto de 2010 ás 23:11h

Apenas um sorriso


O quê sempre quis esperar da vida
Se o que vem de longe, lá de trás,
Na frente um verso que o vento traz,
Escrito por ruídos pincelados, fortemente
Marcados por uma chuva de verão.

Num profundo devaneio inquieto,
Onde lembranças vivem por mim.
No passado do meu futuro enxergo
Um momento desenhado à céu aberto,
Uma cachoeira que chora verdade.
Revigorado, já não tenho a mesma idade.

Solidão invasiva que agora me domina,
Não me abandone. Ó, mais bela menina.
Um lúcido desconhecido, perdido na escurião,
Então entregue-se a mim, segure minha mão.

Quero correr, sentir o vento e voar,
Meu destino procurado, qualquer lugar.
Segurastes minha mão, retribuo-te um beijo.
Que sejais sempre além de tudo e por isso,
Vivo intensamente por apenas um sorriso.

24 de agosto de 2010 ás 19:45h

Eternizado pela lembrança


O amanhecer do dia me fez enxergar,
Um dia que viria sem um peso pra me obrigar,
Te falar mentiras, desnecessário.
Não faz meu estilo.

Minha beleza não fortalece um elixir
Como o blues que um dia Dylan cantou,
Mas vejo seu olhar inconstante me dizer
Que algo em mim, sem saber te encantou.

Meus sentimentos apreciam a verdade
Como uma flor que o vento tocou.
Não finja que não me queres,
Não faz meu estilo.

Caracterizando-me com o vigor do não sentir,
Seus cabelos suavemente tocam meu estar.
A flor já não mais tocará o forte vento
Sempre que os longos fios o tirarem pra dançar.
Quem sabe, talvez seja cedo pra ser tarde,
Mas nunca tarde pro sol poente me dizer:
- A noite que chega te fará lembrar
De um beijo que nunca vais esquecer.

12 de agosto de 2010 ás 22:22h

Aqui dentro o bicho pega

Despertador maluco
Me deixe em paz,
Mas não me deixe
Duas vezes ficar.
Apenas interesses no ar,
Responsabilidade iludida.
- Alô? Estou chegando.
Pra quem seja, não importa.
O bardo soletra ao som
De sua mágica melodia:
'Amo... Logo existo'
Reflita aflitamente.
Passaporte em mãos,
A viagem é longa,
Amigos à minha espera.
Um flerte, um trago.
Quadros coloridos,
Entardece psicodelia.
- Acende...
Quatro e vinte, tá na hora.
Luzes, vida e formas
Saem aglomerados pela sala,
Loopings infinitos,
Abstrato coesivo.
Que seja algo estranho,
Mas te faça sorrir.
Noite bela, lua minguante.
Fome, frio, alguém me espera.
Um barulho lá fora
Alguém bate na porta.
Susto, Agora...
Fudeu!

06 de agosto de 2010 ás 06:53h

Derrotado por mim mesmo

Vulga injustificabilidade
Afaste-se de meu caráter,
Já não tenho mais dignidade,
Não tenho nem mais identidade.
Já se passam das cinco,
Nada mais é como nos anos 80'.
Arrependimento, então tenta
Sustentar uma viga eterna,
Prioridade, necessidade.
Queria acompanhar o tempo
Que levado pelo vento
Apenas sombras me deixou.

Ver, aprender e caminhar
Sem ter ao menos destino
Sem imaginar, o saber
Ou onde vou chegar.
Meus frutos envelhecem
O futuro, a morte, me adoecem.
Não acompanho o desabrochar
Da flor que minha alma brotou.
O que passou não está
Mais em tempo de voltar.
Ah, que saudade daquela época
Ainda vivia, sorria, vencia...
Que o inimigo venha batalhar,
Um vitorioso perdedor, sempre será
O medo de enfrentar a si mesmo e ganhar.

28 de julho de 2010 ás 03:26h

Viagem à lua


Um pensamento, um lunático,
Em sua mente, um fanático
Admirando o brilho do luar,
Observando um caminho chegar.

Há algo errado, talvez seja verdade,
Minha atenção desvia-se da cidade.
Não consigo pensar em mais nada,
Não quero esperar, subirei a escada.

A viagem é longa, acendo um cigarro,
Encomoda-me ouvir o som do pigarro.
Estou chegando ao que me convém,
Destino meu, não é de mais ninguém.

Beleza plasmática invade meu olhar,
Parece que estou ficando devagar,
A gravidade afeta minha imaginação,
Não falta criatividade, nem emoção.

Procuro rastros, pessoas, vida.
A lua então sente, mente, quente,
Sem julgar, rapidamente na partida,
Deixas em mim a lembrança existente

No coração de um jovem que reflete
O suar e o suor da violência na rua
Ausencie essa lucidez que se repete
Em todo momento, em uma viagem à lua.

24 de julho de 2010 ás 15:40h

Tão simples


O dia amanhece tarde,
Tudo que já passou
Hoje se torna parte
Pra quem um dia amou.

Num simples olhar,
As harpas cantando,
Os anjos no altar.
Seus olhos brilhando.

Num simples abraço
Que o tempo levou
O todo, seu fracasso.

Lembre-se do passado,
Desligue-se do futuro
E viva o momento.

16 de julho de 2010 ás 05:11h

Minha salvação


Felicidade,
De onde vem a sua?
Tantas religiões,
Apenas um Deus.
Não preciso de um salvador,
Nós pagamos o que fazemos,
Não como tu achas,
Nosso consciente paga por nós.
Por que tanta abstração?
Vivemos em constante mudança,
Constante felicidade...
Constante tristeza...
Religião, rigidez, precisão.
Aonde?
Minha condição incondicional,
Indesejável, desagradável.
Soteriologia nenhuma explica.
Vivo minha vida,
Meu momento,
A sociedade me punirá
Pelos seus e pelos meus erros,
Erros dela e de "Deus" também.
Meu plano de salvação não existe.
Meu Deus! Déu meu!
Mon Dieu! Dio mio!
Pra que ser previsível?

14 de julho de 2010 ás 23:33h

Chuva


Levanto bem cedo,
Pego um café, quente.
A janela me espera.
A imagem que ficou perdida,
Em relentos aparecem.
Os raios infestando
Tudo ao seu redor.
Em frente minha mente,
Teu calor me aquecer,
Suavizando os pensamentos
Como intensos solos de guitarra,
Confortando o ambiente,
Ambiente duvidoso.
As nuvens cada vez mais,
Aceleradas estão
E meu café a esfriar.
- Cinza!
Cinza era a cor do seu oceano,
Mágico e insano.
Ventos e tudo vai voltando,
Seu soprar,
Delicadamente forte e inseguro,
Sem destino, sem rumo.
Um primeira gota surge
Deslizando pelo céu,
Fugindo da sua bacia.
Umidade aumentando... Ar!
Sinto seu cheiro,
Alerta meu pesar.
7:30h, preciso de mais café.
Viro as costas,
Mais conforto,
Natureza!
Sempre verde e poderosa.
Uma gota...
Uma gota então a grama beijaras,
Em meus pensamentos
Algo nascia, algo surgia.
Além de minhas veias
Um sentimento dominante.
Não tem cura.
Lembro-me de uma cena,
Mundo complicado.
Minha boca a suspirar,
Meus olhos a fechar,
Sua mantra tocando minha pele.
Lágrimas em meu rosto,
Gotas de chuva entristecidas.
Num instante,
Silêncio musical.
A culpa, o interesse,
Não mais existirá.
A arte da Grande Mãe,
Maravilhosa e admirável,
Era minha melhor companhia!

13 de julho de 2010 ás 03:45h

Meu mundo

Pode parecer engraçado, mas no meu mundo tudo é muito mais divertido com a sagrada presença do toque abstrato e obscuro nas coisas. Abstrato geralmente é entendido como uma forma de arte que não representa nenhuma forma da nossa realidade e obscuro é o adjetivo que representa a incerteza, a difícil compreensão. Então:
 - Se tratar das coisas mais abstratas nos revelam dúvidas, dúvidas são sempre incertezas que também acarretam em um pensamento 'além' da nossa realidade. Um mundo onde tudo pode ser como você quer, personalisado à você, sempre com questões inquestionaveis... que a viôlencia seja banida de qualquer instinto, que a nossa liberdade seja além da coragem de voar dos limites da realidade até o infinito da eternidade.


Compartilharei com vocês aqui nesse espaço um pouco de mim, de meus pensamentos e de minhas longas viagens, assim como essa que no momento estou.
Os marcadores indicam: lado a e lado b que são respectivamentes eu no meu espaço real e em meu âmbito abstrato.