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Expressão de vida


Traços mal marcados ao acaso
Incentivam a reflexão do mundo
Que apenas gira sem nada saber,
Apenas cumpre o seu dever.
Que seja para aliviar a dor
De um amor mal resolvido,
Ausência de uma paixão,
Carência, um momento vivido.
São marcas de um passado
Que estão sempre presente
Em tudo que vai acontecer.
Amanhã, um dia inventado?
Numa expressão de vida,
Minha arte, minha poesia,
Meus sentimentos abstratos,
Toda tristeza, toda euforia,
Tua existência, um clarão,
Laço de novas expectativas
Num mar infinito de emoção,
Tão minha, só minha...

Um dia de abril


Se eu pudesse escrever para
As minhas palavras sairem como
A intensidade da vida que levo,
Como andarilho, caminhante da paz,
Transformaria meus sonhos em dias
E a ilusão da noite em realidade,
Não importa se não fiz tudo por isso,
Se o tanto que fiz foi tudo que devia
E devia te transformar em realidade...
E devia mergulhar nesse mar de ilusões
Levadas a cada onda para o berço azul,
Diante da lua que descansa ao horizonte,
Beber uma dose da tua de felicidade,
Me embriagar do néctar do teu corpo
Que aquece e enlouquece minha mente
Dominada e atraída pelo medo de estar,
Mas enfrento pela sensação do desejo,
Encaro pela falsidade que se torna
A sociedade que discrimina meus defeitos,
Sem saber e nem procurar olhar os próprios.
São apenas leis, levadas como ficção,
Uma história ainda sem final feliz,
Liberta de toda maldição capitalista,
De toda corrupção por ela produzida,
Liberta das regras, dos equívocos,
Das verdades e das mentiras desse ser,
Ser que não quero ser, ser que deveria ser,
Ser que o "poder" diz que tens que ser.

Por Thiago Barradas & Kamila Marques

Tão forte quanto


Não esperava tudo dessa forma,
Não queria que fosse assim,
Te ver, te querer, te desejar
E não poder te ter, te beijar.

Não esperava tudo tão de repente,
Não queria que fosse assim,
Tendo que aceitar tantas regras,
Tantos impecílios, tantas pedras.

Um caminho árduo hei de enfrentar,
Não me entregarei sem antes lutar.
Não sou um poeta de muitos amores,
Sou um humano, com erros e dores.

E por favor não se atire ao horizonte
Para que o sol não se esconda no monte
Envergonhado com o mais belo sorriso,
O brilho mais raro que eu preciso.

Estarei esperando um abraço apertado,
Mesmo nas noites mais frias do inverno
Onde o fogo se apaga, vira ferro,
Alegraria-me tê-la sempre ao meu lado.

Noites vazias


Salientado pelo anoitecer,
Perdido na vaga escuridão,
Quando tudo deveria acabar,
O tudo decide nada ser.
Onde o tão pouco recorda
Nossa importância do agora,
Experiência do que se foi,
Necessário à próxima página,
Um ponto final no espaço.
Então atravessei a ponte,
Me descobri alucinado,
Pois tudo que nos consome,
Consome o que nós somos,
Talvez o que deveríamos ser,
Quem sabe o que será?
Enquanto não explicar,
Entre o medo e a coragem
Uma âncora desdobra fé.
Pelo mal e o bem, o que tem?
Por todo azul e amarelo
Disfarçado de verde oliva
Nas poesias de uma agenda,
Com seus dias tão riscados
Em minhas noites embriagado,
Continua a me salientar
Quando tudo deveria acabar.

Chuva ácida


Navego ao infinito sobre lembranças,
Ecos e berros distorcido em minha psique,
Sinto viva a minha verdadeira essência,
Refletem na realidade em altas frequências.

A medíocre sociedade que julga e penaliza,
Mídias manipulativas dominam suas críticas,
Cópias corrosivas produzidas em sua direção,
Armazenadas em nuvens pesadas sobre o chão.

Caminhamos sobre cinzas acetinadas ao destino,
Restos de energia alienada por todo lugar.
Minhas forças gradativamente forjam atitudes,
Não devo, não posso contra a minha natureza.

Nem sempre tiramos do grito a tal incerteza,
Da calmaria, quaisquer ruído de sabedoria.
Servido da pátria com controle e opressão,
Vociferarei insistentemente e revolucionarei.

Sem dó, devolverei o que pertence à vocês,
A pseudo liberdade defendida pelo governo,
O lixo intelectual cultivado pela sociedade,
A gota mais ácida da revolta libertária.

A passagem


Através da porta
Um feixe de luz
Sombrio, nostálgico.
Silueta da morte,
Acorde!
Sorria para ela,
Passaporte aceito.
Complexo, anexo.
Severo covarde,
Depressa!
Sombras abstratas,
Formas obscuras,
Seres inventados,
Realidade imatura.
Coragem!
Cruzada a porta,
Dentro não há,
Absoluto nada,
Universo paralelo.
Droga!
Outrora é tudo,
Agora é ausênte,
Por que o presente
Aborta o passado,
Afogue no vale
O medo vermelho,
O fim do início
Que nunca terminou.

A falta que me faz


Sinto tanta falta
De um xamego que me afaga,
De um carinho que me acalma,
De um afeto que me ampara.

Das pessoas mais próximas,
As que mais me decepciono
À minh'alma são tóxicas,
Mas nunca as abandono.

Não há mais seres como eu
Ou totalmente inversos a isso,
Não que ao amor seja um ateu,
Talvez um ódio submisso.

Na direção das cores que enxergo,
Falta de caráter seja universo.
Mentiras, mais e mais ilusões,
Não absorvem mais emoções.