
Refugiei-me longe da cidade
Distante do mundo dos homens,
Um novo início interminável,
De volta ao respeito. Dignidade.
Um lugar diferente. Único.
Um passo da porta. Éramos três.
Avistei o alto da utopia
Da onde então sutilmente surgia
Um singelo pescador de idéias
Transformando-as em liberdade.
Sua sabedoria era admirável,
Seu conhecimento compartilhável.
À profundeza lancei o oceano,
Fisgada onda em pensamentos.
Contra a loucura lutei bravamente,
A lucidez o vento leste levava,
Sua imagem aparecia em minha mente.
Realidade, onde buscá-la?
Até quando a insanidade humana
Desvairá os princípios da razão,
Em suaves sensações me afoguei,
Alucinando meu bem-estar,
Trazendo consigo ao seu lar
Borboletas azuis da cor do mar.
Por Thiago Barradas & Raphael Barradas