• Página Inicial
  • Biografia
  • Posts RSS

Monotonia mística


Num despertar descrente
Que o dia seja ardente,
Penso em talvez não fazer
O que talvez deveria ser feito.
Penso na probabilidade
De surgir felicidade
Trazida de muito longe
Como água pura da fonte,
Com fé e força de vontade,
Purificando minha vaidade,
Medrosa, mantém a monotonia,
Se conecta na mesma sintonia
Perdendo o êxtase da novidade,
Nascia um ar de saudade
E morria naquele mesmo dia
Que ainda não existia.

Ah que saudade


D'um olhar, a primeira vista,
Do sorriso, a conquista,
Da paixão, a intensidade,
Do amor, a felicidade,
Do amor, a tristeza,
Da dor, a certeza
De que o vento soprou
E o silêncio ecoou.

Que saudade, ah que saudade!
Te buscaria como um caçador
Por todos os cantos da eternidade,
Da sua boca seguiria o doce sabor
Que sinto cada vez ao lembrar
Do seu corpo naquela noite de luar.

Que saudade, ah que saudade!
Cantaria a mais bela canção
Na busca de uma possibilidade,
Estar dominado em suas mãos
E perceber que nada foi em vão,
Mesmo que seja tudo apenas ilusão.