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Noites vazias


Salientado pelo anoitecer,
Perdido na vaga escuridão,
Quando tudo deveria acabar,
O tudo decide nada ser.
Onde o tão pouco recorda
Nossa importância do agora,
Experiência do que se foi,
Necessário à próxima página,
Um ponto final no espaço.
Então atravessei a ponte,
Me descobri alucinado,
Pois tudo que nos consome,
Consome o que nós somos,
Talvez o que deveríamos ser,
Quem sabe o que será?
Enquanto não explicar,
Entre o medo e a coragem
Uma âncora desdobra fé.
Pelo mal e o bem, o que tem?
Por todo azul e amarelo
Disfarçado de verde oliva
Nas poesias de uma agenda,
Com seus dias tão riscados
Em minhas noites embriagado,
Continua a me salientar
Quando tudo deveria acabar.

Chuva ácida


Navego ao infinito sobre lembranças,
Ecos e berros distorcido em minha psique,
Sinto viva a minha verdadeira essência,
Refletem na realidade em altas frequências.

A medíocre sociedade que julga e penaliza,
Mídias manipulativas dominam suas críticas,
Cópias corrosivas produzidas em sua direção,
Armazenadas em nuvens pesadas sobre o chão.

Caminhamos sobre cinzas acetinadas ao destino,
Restos de energia alienada por todo lugar.
Minhas forças gradativamente forjam atitudes,
Não devo, não posso contra a minha natureza.

Nem sempre tiramos do grito a tal incerteza,
Da calmaria, quaisquer ruído de sabedoria.
Servido da pátria com controle e opressão,
Vociferarei insistentemente e revolucionarei.

Sem dó, devolverei o que pertence à vocês,
A pseudo liberdade defendida pelo governo,
O lixo intelectual cultivado pela sociedade,
A gota mais ácida da revolta libertária.

A passagem


Através da porta
Um feixe de luz
Sombrio, nostálgico.
Silueta da morte,
Acorde!
Sorria para ela,
Passaporte aceito.
Complexo, anexo.
Severo covarde,
Depressa!
Sombras abstratas,
Formas obscuras,
Seres inventados,
Realidade imatura.
Coragem!
Cruzada a porta,
Dentro não há,
Absoluto nada,
Universo paralelo.
Droga!
Outrora é tudo,
Agora é ausênte,
Por que o presente
Aborta o passado,
Afogue no vale
O medo vermelho,
O fim do início
Que nunca terminou.