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Viagem à lua


Um pensamento, um lunático,
Em sua mente, um fanático
Admirando o brilho do luar,
Observando um caminho chegar.

Há algo errado, talvez seja verdade,
Minha atenção desvia-se da cidade.
Não consigo pensar em mais nada,
Não quero esperar, subirei a escada.

A viagem é longa, acendo um cigarro,
Encomoda-me ouvir o som do pigarro.
Estou chegando ao que me convém,
Destino meu, não é de mais ninguém.

Beleza plasmática invade meu olhar,
Parece que estou ficando devagar,
A gravidade afeta minha imaginação,
Não falta criatividade, nem emoção.

Procuro rastros, pessoas, vida.
A lua então sente, mente, quente,
Sem julgar, rapidamente na partida,
Deixas em mim a lembrança existente

No coração de um jovem que reflete
O suar e o suor da violência na rua
Ausencie essa lucidez que se repete
Em todo momento, em uma viagem à lua.

Tão simples


O dia amanhece tarde,
Tudo que já passou
Hoje se torna parte
Pra quem um dia amou.

Num simples olhar,
As harpas cantando,
Os anjos no altar.
Seus olhos brilhando.

Num simples abraço
Que o tempo levou
O todo, seu fracasso.

Lembre-se do passado,
Desligue-se do futuro
E viva o momento.

Minha salvação


Felicidade,
De onde vem a sua?
Tantas religiões,
Apenas um Deus.
Não preciso de um salvador,
Nós pagamos o que fazemos,
Não como tu achas,
Nosso consciente paga por nós.
Por que tanta abstração?
Vivemos em constante mudança,
Constante felicidade...
Constante tristeza...
Religião, rigidez, precisão.
Aonde?
Minha condição incondicional,
Indesejável, desagradável.
Soteriologia nenhuma explica.
Vivo minha vida,
Meu momento,
A sociedade me punirá
Pelos seus e pelos meus erros,
Erros dela e de "Deus" também.
Meu plano de salvação não existe.
Meu Deus! Déu meu!
Mon Dieu! Dio mio!
Pra que ser previsível?

Chuva


Levanto bem cedo,
Pego um café, quente.
A janela me espera.
A imagem que ficou perdida,
Em relentos aparecem.
Os raios infestando
Tudo ao seu redor.
Em frente minha mente,
Teu calor me aquecer,
Suavizando os pensamentos
Como intensos solos de guitarra,
Confortando o ambiente,
Ambiente duvidoso.
As nuvens cada vez mais,
Aceleradas estão
E meu café a esfriar.
- Cinza!
Cinza era a cor do seu oceano,
Mágico e insano.
Ventos e tudo vai voltando,
Seu soprar,
Delicadamente forte e inseguro,
Sem destino, sem rumo.
Um primeira gota surge
Deslizando pelo céu,
Fugindo da sua bacia.
Umidade aumentando... Ar!
Sinto seu cheiro,
Alerta meu pesar.
7:30h, preciso de mais café.
Viro as costas,
Mais conforto,
Natureza!
Sempre verde e poderosa.
Uma gota...
Uma gota então a grama beijaras,
Em meus pensamentos
Algo nascia, algo surgia.
Além de minhas veias
Um sentimento dominante.
Não tem cura.
Lembro-me de uma cena,
Mundo complicado.
Minha boca a suspirar,
Meus olhos a fechar,
Sua mantra tocando minha pele.
Lágrimas em meu rosto,
Gotas de chuva entristecidas.
Num instante,
Silêncio musical.
A culpa, o interesse,
Não mais existirá.
A arte da Grande Mãe,
Maravilhosa e admirável,
Era minha melhor companhia!

Meu mundo

Pode parecer engraçado, mas no meu mundo tudo é muito mais divertido com a sagrada presença do toque abstrato e obscuro nas coisas. Abstrato geralmente é entendido como uma forma de arte que não representa nenhuma forma da nossa realidade e obscuro é o adjetivo que representa a incerteza, a difícil compreensão. Então:
 - Se tratar das coisas mais abstratas nos revelam dúvidas, dúvidas são sempre incertezas que também acarretam em um pensamento 'além' da nossa realidade. Um mundo onde tudo pode ser como você quer, personalisado à você, sempre com questões inquestionaveis... que a viôlencia seja banida de qualquer instinto, que a nossa liberdade seja além da coragem de voar dos limites da realidade até o infinito da eternidade.


Compartilharei com vocês aqui nesse espaço um pouco de mim, de meus pensamentos e de minhas longas viagens, assim como essa que no momento estou.
Os marcadores indicam: lado a e lado b que são respectivamentes eu no meu espaço real e em meu âmbito abstrato.